Uma Experiência de Ensino Inovador

Beneficiando de uma longa experiência de ensino, o Departamento de Eng.ª Electrotécnica e de Computadores do Instituto Superior Técnico, IST, iniciou uma nova experiência de ensino no Tagus Parque, através da criação da Licenciatura e do Mestrado em Engenharia Electrónica, LEE, MEE.
O novo curso cobre um espectro largo de conhecimentos na área da engenharia electrotécnica, e terá como objectivo final a formação de profissionais com a capacidade de realizar sistemas incorporando as tecnologias mais avançadas, esperando assim dar um grande contributo para o desenvolvimento tecnológico do país.
A EE está organizada de forma a facilitar a entrada e adaptação dos alunos ao ensino superior, com 5 disciplinas e 4 disciplinas por semestre mestrado em Engenharia Electrónica.
O ensino na EE está orientado para o desenvolvimento da criatividade dos alunos, envolvendo-os na pesquisa de soluções inovadoras para os problemas da sociedade moderna, tendo em atenção os compromissos tecnológicos e económicos existentes e estimulando as capacidades de realização e de concretização dos alunos (ver, por exemplo, os TROFÉUS competitivos)

No processo de aprendizagem estão a ser usados métodos inovadores de ensino; os alunos serão ensinados a estudar, a pesquisar, a criar, a cooperar, a escrever, a expor as ideias (veja o projecto pedagógico SUBA), a cultivar a excelência, e, fundamentalmente, serão ensinados a não ter medo de concretizar ideias arrojadas .
O ensino é baseado em aulas teórico-práticas e de laboratório, e tanto quanto seja possível envolve uma forte componente de pesquisa.
A componente laboratorial do ensino está  organizada horizontalmente, por semestre ou por ano, (ver Ensino Integrado) contando com a contribuição das várias disciplinas e das anteriores, consolidando assim, de uma forma integradora, os conhecimentos adquiridos (ver, por exemplo, o SUBÓDROMO). Neste ensino integrado os alunos contam com novos laboratórios extremamente bem equipados, dispondo das ferramentas laboratoriais, de análise e de síntese mais modernas, para a leccionação das várias disciplinas. Os alunos dispoem ainda de um laboratório livre e de oficinas (a que têm sempre acesso).
Nas disciplinas mais avançadas, tanto quanto é possível, os trabalhos são  livres, propostos pelos alunos, ou são obtidos através de concursos de ideias e as melhores soluções e realizações serão premiadas e publicitadas.
A EE também  procura trazer os problemas tecnológicos da indústria para a universidade e envolver docentes alunos e empresas na pesquisa das melhores soluções.
Os métodos de ensino usados na EE têm gerado um grande interesse em várias empresas da indústria nacional que querem estimular o desenvolvimento tecnológico do país e que desejam participar nas propostas pedagógicas da EE apoiando, a diverso níveis, as suas várias actividades do ensino.

EE - Um espectro largo de conhecimentos
A realização de sistemas electrónicos modernos exige cada vez mais um espectro largo de conhecimentos, que actualmente deve incluir conhecimentos das áreas de: Física, Telecomunicações, Controlo, Instrumentação, Energia, Tecnologias de Informação, Tecnologias Electrónicas, etc., em conjunção com conhecimentos de outras áreas da Engenharia como a Tecnologia dos Materiais, Técnicas de Prototipagem, de Fabrico, de Produção, de Qualidade, Fiabilidade, etc.
A organização do curso permite que, a par de uma sólida formação de base complementada por uma formação tecnológica avançada, haja, na fase terminal, a possibilidade de formatar a aprendizagem de acordo com opções mais definidas do estudante ou de novas oportunidades estratégicas de mercado percebidas, ou mesmo assumidas, em parceria com empregadores particularmente relevantes. É esse o papel das disciplinas de opção, que no mestrado MEE dispõe de uma estrutura flexível que permite introduzir disciplinas com matérias específicas emergentes como sejam as Nano tecnologias e a Bio electrónica, ou outras, e que poderão vir a ter um papel muito importante no futuro. Na escolha das disciplinas de opção o aluno pode optar entre grupos coerentes de disciplinas que dão a tónica final do seu perfil de formação

EE - Um espectro largo de saídas profissionais
O mercado de trabalho nesta área tem, fundamentalmente, quatro componentes: investigação, projecto, produção e serviços.
Na investigação científica o novo curso ao propiciar um ambiente estimulante para o desenvolvimento da capacidade criativa, tem vindo a permitir formar engenheiros ao mais alto nível, especialmente dotados para a investigação científica e para o projecto de sistemas em empresas portuguesas e em grupos internacionais. Nos últimos anos grandes investimentos por parte de grupos multinacionais na área das novas tecnologias, como a micro electrónica, acabaram por não se concretizar, sendo uma das causas referidas a insuficiência em Portugal de recursos humanos com elevada qualificação e em quantidade suficiente. Há procura para engenheiros portugueses na Europa, devido à qualidade da sua formação, às características multifacetadas do seu perfil, e à falta de quadros em muitos dos países europeus. A EE está a dar aos seus licenciados vantagens competitivas em temos internacionais.
A forte formação de base da EE permite que os seus licenciados desempenhem sem dificuldade qualquer actividade na prestação de serviços nas áreas das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação. Os operadores de serviços necessitam, também, de engenheiros capazes de seleccionar, configurar e manter os equipamentos e sistemas de suporte à sua operação e, em certos casos, fornecer a clientes soluções relativas a este tipo de sistemas. A forte componente tecnológica da EE permite também que os seus licenciados tenham vantagens competitivas neste tipo de empregos.
As empresas industriais de todos os tipos necessitam também de quadros competentes na utilização, integração, configuração e programação dos modernos sistemas electrónicos que hoje são imprescindíveis à operação de qualquer instalação fabril, como as fileiras industriais: cimento, madeira e derivados incluindo móveis, cortiça, automóvel incluindo os fornecedores de componentes, papel e têxtil.
Mas o maior contributo da EE é, talvez, a formação de uma nova geração de jovens engenheiros criativos e com capacidade empreendedora, capazes de serem internacionalmente competitivos e de poderem criar o seu próprio negócio, baseando-se na exploração da excelência dos seus conhecimentos tecnológicos.

EE – Um processo de interacção com o mercado de trabalho
O perfil de formação da EE adapta-se às necessidades do mercado de trabalho, que foram identificadas numa análise de enquadramento estratégico, mas, fundamentalmente, permite introduzir, neste mercado, novas metodologias de concepção de sistemas tendo em vista o aumento da competitividade internacional da indústria nacional.
A EE vai estimular a criação de cursos de inovação tecnológica quer para a indústria quer para os alunos, convidando reconhecidos especialistas para leccionar tópicos específicos.
A EE vai divulgar actividades inovadoras da indústria e vai participar na resolução problemas da sociedade usando alguns desses problemas industriais como objecto de estudo dos alunos. A EE terá uma comissão de acompanhamento constituída por docentes e investigadores universitários e por representantes de empresas de alta tecnologia existentes em Portugal.

EE – Um enquadramento tecnológico excelente
A colocação do  curso nas instalações do IST no Taguspark, introduz uma grande convivência com a actividade empresarial muito avançada na área e dá suporte a formas de ensino mais adequadas ao objectivo de criar nos alunos uma apetência por levar novas ideias à prática e assumir atitudes empreendedoras. São já viárias as colaborações com empresas quer a nível de consultadoria quer da realização de teses de mestrado com projectos industriais.